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A doença por coronavírus (Covid-19) continua sendo o principal desafio global de saúde. E com o surgimento de novas variantes, a avaliação rápida e eficiente do prognóstico da doença é fundamental para otimizar a alocação de cuidados de saúde e recursos humanos e para capacitar a identificação e intervenção precoce de pacientes com maior risco de desfecho desfavorável.

Nesse contexto, um grupo de pesquisadores do Brasil e da Espanha, com a participação do Hospital Santa Cruz (HSC) e da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), está trabalhando no desenvolvimento de uma ferramenta de avaliação que guiará a tomada de decisões no momento de elaborar um plano de cuidados apropriado para cada paciente com covid. Os sistemas de pontuação rápida, que combinam diferentes variáveis para estimar o risco de morte de um paciente, funcionam como uma calculadora de risco online e podem ser extremamente úteis para uma avaliação rápida e eficaz nos setores de emergência, otimizando o manejo do paciente e reduzindo a mortalidade.

O trabalho faz parte do Registro Covid-19, um estudo observacional multicêntrico realizado em 36 hospitais brasileiros, localizados em 17 cidades de cinco estados, com a colaboração do Hospital Universitário Vall d'Hebron, de Barcelona, Espanha. Entre os pesquisadores estão o médico infectologista e diretor técnico do HSC, Marcelo Carneiro, que é integrante da Comissão de Controle de Infecção e Epidemiologia do Hospital (CCIH) e professor do curso de Medicina e do Programa de Pós-Graduação em Promoção da Saúde (PPGPS) da Unisc, a farmacêutica clínica Rochele Mosmann Menezes, aluna bolsista do PPGPS, e a médica pediatra Tatiana Kurtz, professora e coordenadora do curso de Medicina da Unisc.

“A maioria dos escores disponíveis para avaliar o risco de mortalidade de pacientes com Covid-19 apresenta alto risco de viés”, justifica Carneiro. “Portanto, nosso objetivo foi desenvolver e validar uma ferramenta de fácil aplicação que emprega dados clínicos e laboratoriais disponíveis no momento da internação hospitalar, capaz de identificar precocemente o risco de mortalidade intra-hospitalar em pacientes com Covid-19 e comparar esse escore com outros existentes”, explica.

A pesquisa, intitulada originalmente ABC2-SPH risk score for in-hospital mortality in Covid-19 patients: development, external validation and comparison with other available scores, envolveu pacientes maiores de 18 anos com testes positivos para Covid-19 nos hospitais envolvidos. Para desenvolver um modelo de predição de mortalidade intra-hospitalar foi realizada uma análise de regressão logística, com base em 3.978 pacientes internados entre março e julho de 2020. Posteriormente, o modelo foi validado em 1.054 pacientes internados durante agosto e setembro, bem como em 474 pacientes espanhóis.

Conforme Carneiro, sete variáveis significativas são incluídas no escore de risco: idade, nitrogênio ureico no sangue, número de comorbidades, proteína C reativa, relação SpO2/FiO2, contagem de plaquetas e frequência cardíaca. “A calculadora de risco baseada na web é uma ferramenta barata e demonstrou predizer de forma objetiva e precisa a mortalidade hospitalar em pacientes com Covid-19”, conclui o médico.

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A doença por coronavírus (Covid-19) continua sendo o principal desafio global de saúde. E com o surgimento de novas variantes, a avaliação rápida e eficiente do prognóstico da doença é fundamental para otimizar a alocação de cuidados de saúde e recursos humanos e para capacitar a identificação e intervenção precoce de pacientes com maior risco de desfecho desfavorável.

Nesse contexto, um grupo de pesquisadores do Brasil e da Espanha, com a participação do Hospital Santa Cruz (HSC) e da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), está trabalhando no desenvolvimento de uma ferramenta de avaliação que guiará a tomada de decisões no momento de elaborar um plano de cuidados apropriado para cada paciente com covid. Os sistemas de pontuação rápida, que combinam diferentes variáveis para estimar o risco de morte de um paciente, funcionam como uma calculadora de risco online e podem ser extremamente úteis para uma avaliação rápida e eficaz nos setores de emergência, otimizando o manejo do paciente e reduzindo a mortalidade.

O trabalho faz parte do Registro Covid-19, um estudo observacional multicêntrico realizado em 36 hospitais brasileiros, localizados em 17 cidades de cinco estados, com a colaboração do Hospital Universitário Vall d'Hebron, de Barcelona, Espanha. Entre os pesquisadores estão o médico infectologista e diretor técnico do HSC, Marcelo Carneiro, que é integrante da Comissão de Controle de Infecção e Epidemiologia do Hospital (CCIH) e professor do curso de Medicina e do Programa de Pós-Graduação em Promoção da Saúde (PPGPS) da Unisc, a farmacêutica clínica Rochele Mosmann Menezes, aluna bolsista do PPGPS, e a médica pediatra Tatiana Kurtz, professora e coordenadora do curso de Medicina da Unisc.

“A maioria dos escores disponíveis para avaliar o risco de mortalidade de pacientes com Covid-19 apresenta alto risco de viés”, justifica Carneiro. “Portanto, nosso objetivo foi desenvolver e validar uma ferramenta de fácil aplicação que emprega dados clínicos e laboratoriais disponíveis no momento da internação hospitalar, capaz de identificar precocemente o risco de mortalidade intra-hospitalar em pacientes com Covid-19 e comparar esse escore com outros existentes”, explica.

A pesquisa, intitulada originalmente ABC2-SPH risk score for in-hospital mortality in Covid-19 patients: development, external validation and comparison with other available scores, envolveu pacientes maiores de 18 anos com testes positivos para Covid-19 nos hospitais envolvidos. Para desenvolver um modelo de predição de mortalidade intra-hospitalar foi realizada uma análise de regressão logística, com base em 3.978 pacientes internados entre março e julho de 2020. Posteriormente, o modelo foi validado em 1.054 pacientes internados durante agosto e setembro, bem como em 474 pacientes espanhóis.

Conforme Carneiro, sete variáveis significativas são incluídas no escore de risco: idade, nitrogênio ureico no sangue, número de comorbidades, proteína C reativa, relação SpO2/FiO2, contagem de plaquetas e frequência cardíaca. “A calculadora de risco baseada na web é uma ferramenta barata e demonstrou predizer de forma objetiva e precisa a mortalidade hospitalar em pacientes com Covid-19”, conclui o médico.
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